O CDP (Carbon Disclosure Project) apresentou no
EIMA 8 os principais resultados do relatório nacional sobre o impacto das
empresas no clima em 2011 e chamou atenção para que as empresas desenvolvam sua
governança climática. Entre as constatações do documento, está o aumento da
competitividade climática nas empresas brasileiras.
De acordo com o relatório, a gestão de emissões
de gases de efeito estufa desempenha um papel cada vez mais estratégico nas
companhias nacionais e, atualmente, cerca de 85% das empresas afirmam possuir,
pelo menos, um membro do seu board responsável pelo tema mudanças climáticas –
contra 67%, em 2010.
“O relatório tem como objetivo discutir os
impactos climáticos causados pelas empresas e apresentar as melhores práticas
corporativas criadas com a intenção de diminuir tais efeitos”, afirmou Giovanni
Barontini, presidente-executivo do CDP América do Sul.
Em 2011, 80 companhias brasileiras foram
convidadas a reportar suas emissões e políticas de combate às mudanças
climáticas. As empresas indicaram que ainda estão trabalhando o tema e que não
se sentem aptas a responder adequadamente ao questionário.
Para Sonia Favaretto, diretora de
Sustentabilidade da BM&FBovespa, esse relatório é uma tendência,
sendo possível perceber seus reflexos no mercado e nas ações de governança
corporativa. “A migração para este novo modelo já demonstra impacto valorativo
nas ações das empresas”, assinala.
O projeto tem ampliado a cada ano, já que
interessa a esses investidores conhecer o impacto ambiental provocado pelas
empresas que recebem seus capitais e decidir onde alocar seus recursos.
A versão brasileira do CDP 2011 contou com a
participação de 57 corporações, localizadas em território nacional, superando
mais uma vez o número de signatárias. Com o apoio da Associação Brasileira das
Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) e do Banco Santander, o CDP
analisou as iniciativas dessas empresas voltadas ao gerenciamento de carbono.
Pela primeira vez, o relatório contou com a adesão do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), administrando R$ 549 bilhões de
ativos.
Por
Efraim Neto, da Envolverde
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